4 de set. de 2009

Mini Rosa Vermelha


Compensará a minha presença banal A rubra flor que me esqueço de te dar? Transportará o aroma do meu after-shave barato Pólens inefáveis como os dessa flor esquecida? Os meus poemas, eles mesmos, são baratos E não atingem cotação em bolsa alguma... As minhas palavras, elas mesmas, transitórias Como um templo egípcio continuamente pilhado... Os meus abraços, eles mesmos, tão fugazes Como o aroma que se esgueira dos esquecimentos... E não nos resolvo a vida e as perplexidades. Conseguirá a tua presença justa, literária, musical, Personificar jardins que as minhas mãos se esquecem de regar? 

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